Em minha opinião a Osklen e a marca com mais qualidade de criação de moda do país, Nesta Coleção ela traz roupa “pensante”, desta vez com uma proposta diferente em relação ao seu estilo: recortes estufados criam volumes e “encaixotam” o inverno da grife, numa imagem de impacto e conceitual.
Claro que nem tudo é conceito para Oskar Metsavaht, dono e diretor criativo da Osklen. A geometria do início do desfile, com o feminino estufando, criando formas geométricas ao corpo aumenta de proporções ou até diminui, para se insinuar em peças mais adiante, mais comerciais e usáveis. Antes disso, porém, a sunga, em feltro de lã, aparece dura, como armadura. O mesmo acontece com os shortinhos curtíssimos, como calcinhas, usadas com tops que, em dupla, fazem às vezes dos biquínis.
Pernas e braços balançam soltos dentro das estruturas geométricas. Também, há alternância entre o que são conceito e o que é usável, com desdobramentos como o do vestido curto com ombreira dura estilo caixote e alça cruzada atrás. E também da camiseta masculina estampada, com duas caixas estufadas na frente.
Talvez menos impactantes, pela cor, as roupas da última série em creme.
Nesta edição da SPFW tudo que vi me parece igual, menos a Osklen que realmente mostrou um conceito. Mesmo que pareça surreal, a idéia de uma semana de moda e mostra um novo conceito e a Osklen fez isso muito bem.
Bruno Vogue
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